Muitas pessoas dedicam suas vidas em transformar números em negócios, mas números na maior parte das vezes são somente indicativos de como as situações transcorreram no passado. Nós temos a tendência em pensar nos números como “fotografias do futuro”, mas não são, eles são não mais que uma sombra, uma breve descrição do que aconteceu antes e ninguém pode afirmar e concluir com absoluta certa que os números irão estar “corretos” novamente.

O futuro, nesse momento, está sendo desenhado em uma garagem com um pequeno grupo de pessoas concentrando seus esforços em ver a realidade que nós vemos todos os dias de uma maneira que nenhum de nós sonhou, é esse tipo de pessoa que cria o futuro, eles pegam algo que ninguém pensou daquela forma ainda e jogando contra as probabilidades, resolvem transmutar as certezas antigas em um amontoado de ideias ultrapassadas.

Eu não digo que números não são importantes, mas somente se observados na sua forma verdadeira: como ferramentas. Matemática, estatísticas, algoritmos, AI e Aprendizado de Máquinas nos devolvem o tempo de nossas vidas, temos tempo para fazer outras coisas, para ir além da sobrevivência, que tem sido o foco da humanidade nos últimos séculos.

Temos lutado aos longo dos séculos para sobreviver, e apesar de muitas pessoas hoje em dia ainda morrerem por doenças facilmente tratáveis, essa luta diária tem tido cada vez mais vitórias em nosso favor, porque médicos, cientistas e homens de negócios, enxergam além dos números, eles enxergam pessoas, veem o que pode ser encontrado para além das probabilidades negativas que jogam contra a nossa sobrevivência.

Homens de negócios de verdade não pensam sobre o que os números dizem, mas o que eles não sabem sobre tais números e isso nenhuma máquina pode responder, somente seres humanos conseguem ver. Observamos o nosso redor, sentimos o ruído, mudamos nossas rotinas, quebramos o conformismo da vida, encontramos um novo caminho para o trabalho, ouvimos diferentes estilos de música, e tudo isso é como ouvir uma língua nova, que não entendemos as palavras, mas sentimos uma música se formando, uma descoberta surgindo, isso dá um sentido diferente aos números e traz o rompimento, a catarse da descoberta e isso muda nossas almas.

E quando percebemos temos uma nova ideia em nossas mãos, mas não se conforme com ela, nem a ache maravilhosa, não é porque você teve uma ideia que isso é grande coisa, não é (ainda). Escreva essa ideia em um pedaço de papel e deixe-a dormir por uns dias, e então olhe-a novamente e procure conectá-la com nossa declaração inicial – que negócios são sobre pessoas – se ao fazer isso surgir uma ou duas ideias que se conectem a essa declaração, então pode ser que você realmente tenha uma poderosa ideia de um novo negócio em mãos, mas caso contrário, caso nada surja que conecte-se a declaração, não tenha medo, jogue a ideia fora e tente novamente, assim que se constrói uma vida com novos significados.